segunda-feira, 9 de maio de 2016
Eu chorando
Lá pelas tantas da noite você se dá conta que seu choro não vai ser
controlado, afinal você esqueceu sua pilulazinha que mantém toda tua
intensidade camuflada pra não assustar os olhares alheios. Mas talvez
hoje isso venha como algo bom, a vida tem seus pesares e algumas vezes a
única coisa que nós resta é colocar pra fora em forma de pequenas gotas
de água que de desmancham em nosso rosto. Chorar pelo tempo perdido com
as pessoas erradas, chorar pela vida em si que nunca é fácil (pelo
menos não a minha), chorar pela mãezinha que ta longe, chorar pelo
coração que ta despedaçado, chorar pelo mundo que anda tão cruel e
triste e também chorar pelo mesmo mundo que de vez em quando nos mostra
pequenos atos que nos enche de esperança pra ainda acreditar na
humanidade. Hoje o dia amanheceu chuvoso, minha alma resolveu se
igualar, mas e quem foi que disse que uma chuvinha de vez em quando não
cai bem, né?!
terça-feira, 12 de abril de 2016
Demais
Há beira de uma hemorragia emocional decidi escrever, tentar um meio que não fosse auto-destrutivo de manifestar minhas angústias e tentar me fazer compreender ou no mínimo fingir que estou sendo. Em outro texto já havia comentado sobre minha sensibilidade exacerbada e como isso me rodeia desde muito cedo, porém meu diagnostico só foi dado há menos de 1 ano. Estava eu entrando em mais um consultório para tentar entender o que acontecia na minha cabecinha e o psiquiatra falou: – transtorno de personalidade, personalidade borderline exatamente. Não foi nenhuma surpresa para mim que como estudante de psicologia já identificava todos os traços característicos no meu comportamento. Minha forma de enxergar o mundo e de lidar com o mesmo já gritava que eu não me enquadrava dentro dos padrões da dita normalidade, ou seja, me faltava percepção da realidade, auto-controle, capacidade de manter vínculos afetivos, além de uma dor dilacerante que vez e sempre me fazia tomar vários medicamentos para adormecer e assim ter minutos de calmaria.
Roubando algumas palavras da Ana Beatriz Barbosa, personalidade é o nosso "jeitão" perante o mundo. Uma personalidade para estar classificada como patológica algum dano deve causar, tanto para o individuo que a porta, quanto para os demais que convivem de forma intima e familiar com esta pessoa. A literatura, o cinema e as canções estão cheias de representações de borders. Cazuza, em sua música 'Exagerado', traduziu certamente um border em seu processo de amar e se entregar, transbordando de sentimentos; Maysa ao cantar 'Demais' com toda sua dramaticidade e intensidade apresentava traços limites em sua música e julgo dizer que até mesmo em sua vida.
Roubando algumas palavras da Ana Beatriz Barbosa, personalidade é o nosso "jeitão" perante o mundo. Uma personalidade para estar classificada como patológica algum dano deve causar, tanto para o individuo que a porta, quanto para os demais que convivem de forma intima e familiar com esta pessoa. A literatura, o cinema e as canções estão cheias de representações de borders. Cazuza, em sua música 'Exagerado', traduziu certamente um border em seu processo de amar e se entregar, transbordando de sentimentos; Maysa ao cantar 'Demais' com toda sua dramaticidade e intensidade apresentava traços limites em sua música e julgo dizer que até mesmo em sua vida.
E quais características definem a personalidade borderline? Primeiramente, essa palavra quer dizer margem, limite, estar a borda de algo. Sendo assim o principal aspecto é a instabilidade emocional, um ser que basicamente pensa e age com o "coração", tanto nos aspectos positivos quanto nos negativos. Um ser que ama demais, que chora demais, que sofre demais, que se entusiasma demais, é tudo em excesso.
E é por isso que eu falo demais
É por isso que eu bebo demais
E a razão porque vivo essa vida agitada demais
É porque meu amor por você é imenso
O meu amor por você é tão grande
É porque meu amor por você é enorme demais
domingo, 10 de abril de 2016
quarta-feira, 6 de abril de 2016
Paradigma
Quando você vive os dois extremos de algo, sua percepção muda e com isso
você enxerga pontos positivos onde talvez antes só existisse uma
visão negativa. Minha alma sempre foi inquieta, eu sempre senti demais,
desde criança, coisa pouca me fazia chorar, essa sensibilidade me
deixava exposta tanto as criticas, ainda que construtivas, quanto ao simples que me encantava. Sentir assim é demasiadamente insano, porém não
sentir nada também é. E em uma época, como tentativa de acalmar esse
turbilhão, me encheram de "pílulas da normalidade", afinal "você precisa ser normal, você é muito emotiva, tem que usar a razão" - era o discurso pregado, e
a partir desse momento quem antes chorava por transbordar de
sentimentos e sensações, olhava pro mundo com olhos cinzentos, nada
sentia, nem o tédio incomodava. Esse marco na minha história foi o
suficiente para eu me sentir agradecida por enxergar o mundo com lentes
de aumento, mesmo que na maioria das vezes ao refletir o passado, olhar o
presente e observar o rumo ao qual a humanidade se encaminha, este
sentir se torna um paradigma, já que ao passo que é um fardo muito pesado para
se carregar, também é a fé que possibilita o encantamento de seguir em
frente.
terça-feira, 5 de abril de 2016
As quinze tirinhas
Usar tirinhas como uma forma de expressar opiniões e pensamentos não é nenhuma novidade, porém isso tem se amplificado, é só entrar no Facebook, Instagram e outras redes sociais que é possível visualizar as inúmeras contas com esses conteúdos. Então, eu vou compartilhar as tirinhas que mais me chamaram atenção e expressaram meus sentimentos em relação a nossa sociedade, a essa fase exposta do "não tranquilo, não favorável" da nossa política, relacionamento, angústias e filosofia de vida.
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