Há beira de uma hemorragia emocional decidi escrever, tentar um meio que não fosse auto-destrutivo de manifestar minhas angústias e tentar me fazer compreender ou no mínimo fingir que estou sendo. Em outro texto já havia comentado sobre minha sensibilidade exacerbada e como isso me rodeia desde muito cedo, porém meu diagnostico só foi dado há menos de 1 ano. Estava eu entrando em mais um consultório para tentar entender o que acontecia na minha cabecinha e o psiquiatra falou: – transtorno de personalidade, personalidade borderline exatamente. Não foi nenhuma surpresa para mim que como estudante de psicologia já identificava todos os traços característicos no meu comportamento. Minha forma de enxergar o mundo e de lidar com o mesmo já gritava que eu não me enquadrava dentro dos padrões da dita normalidade, ou seja, me faltava percepção da realidade, auto-controle, capacidade de manter vínculos afetivos, além de uma dor dilacerante que vez e sempre me fazia tomar vários medicamentos para adormecer e assim ter minutos de calmaria.
Roubando algumas palavras da Ana Beatriz Barbosa, personalidade é o nosso "jeitão" perante o mundo. Uma personalidade para estar classificada como patológica algum dano deve causar, tanto para o individuo que a porta, quanto para os demais que convivem de forma intima e familiar com esta pessoa. A literatura, o cinema e as canções estão cheias de representações de borders. Cazuza, em sua música 'Exagerado', traduziu certamente um border em seu processo de amar e se entregar, transbordando de sentimentos; Maysa ao cantar 'Demais' com toda sua dramaticidade e intensidade apresentava traços limites em sua música e julgo dizer que até mesmo em sua vida.
Roubando algumas palavras da Ana Beatriz Barbosa, personalidade é o nosso "jeitão" perante o mundo. Uma personalidade para estar classificada como patológica algum dano deve causar, tanto para o individuo que a porta, quanto para os demais que convivem de forma intima e familiar com esta pessoa. A literatura, o cinema e as canções estão cheias de representações de borders. Cazuza, em sua música 'Exagerado', traduziu certamente um border em seu processo de amar e se entregar, transbordando de sentimentos; Maysa ao cantar 'Demais' com toda sua dramaticidade e intensidade apresentava traços limites em sua música e julgo dizer que até mesmo em sua vida.
E quais características definem a personalidade borderline? Primeiramente, essa palavra quer dizer margem, limite, estar a borda de algo. Sendo assim o principal aspecto é a instabilidade emocional, um ser que basicamente pensa e age com o "coração", tanto nos aspectos positivos quanto nos negativos. Um ser que ama demais, que chora demais, que sofre demais, que se entusiasma demais, é tudo em excesso.
E é por isso que eu falo demais
É por isso que eu bebo demais
E a razão porque vivo essa vida agitada demais
É porque meu amor por você é imenso
O meu amor por você é tão grande
É porque meu amor por você é enorme demais